As Nações Unidas pediram aos líderes africanos reunidos na cimeira da União Africana em Sharm el-Sheikh, no Egito, que tentem negociar uma solução para a crise no Zimbabue.

Líderes africanos terminaram uma cimeira de dois dias no Egipto apelando aos partidos políticos no Zimbabué para que trabalhem para a formação de um governo de unidade nacional. Robert Mugabe enfrentou fortes críticas na cimeira sobre a segunda volta presidencial de sexta-feira passada, em que foi candidato único. Um dos países vizinhos do Zimbabué, o Botswana, instou a União Africana a excluir Mugabe de encontros regionais.

Observadores africanos disseram que a segunda volta das eleições presidenciais no Zimbabwe foi manchada por violência política e intimidação e que o resultado não reflecte a vontade do povo. Em declarações separadas, divulgadas depois da tomada de posse de Robert Mugabe, os observadores da SADC e do Parlamento Pan-Africano disseram que o escrutínio não foi livre nem justo.

Nas suas primeiras declarações públicas sobre a actual crise no Zimbabwe, o antigo presidente sul-africano Nelson Mandela disse estar apreensivo e entristecido com o que se está a passar naquele país, que sofre de um "trágico falhanço de liderança". Num jantar em Londres, para comemorar o seu nonagésimo aniversário, Mandela expressou as suas preocupações:

As esperanças de salvação democrática do Zimbábue terminaram no domingo, dia 22, entre nuvens de gás lacrimogêneo e hordas intimidantes de homens armados que bloquearam as tentativas opositoras de realizar um comício legal na capital Harare. Morgan Tsvangirai, líder do Movimento pela Mudança Democrática (MDC), respondeu retirando-se do segundo turno eleitoral contra o presidente Robert Mugabe, previsto para a próxima sexta-feira (27), alegando que as condições para a eleição haviam se tornado...read more

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