Cheira como o Brasil

Durante a semana passada eu percorri o fluxo constante de mensagens do facebook sobre o protesto pacífico do Movimento Revolucionário previsto para quinta-feira 19 de setembro, 2013 . Uma semana antes do planejado ' manif ' ( abreviação de Angola para Manifestação ou protesto ) , a polícia prendeu 17 anos de idade, ativistas Nito Alves , quando ele foi buscar camisetas que ele ordenou ( ostensivamente para utilização no evento no dia 19 ) que teriam difamado o presidente e incitava à violência . Falando à Makangola sua mãe, Adália Chivongue , declarou que " o problema deste país é que se alguém fala a verdade eles estão presos ou mortos. Assim, o Presidente tinha o meu filho preso por causa das camisetas ? Por isso, eles podem matá-lo ? .... Se alguma coisa acontecer com meu filho, vai se tornar um revolucionário. "

Como Shrikesh Laxmidas observou em um pedaço de informação em promessa da Polícia Nacional de Angola de a repressão ao protesto dos jovens ", embora em número reduzido , o Movimento Revolucionário de Angola sobreviveu a repressão policial e os ataques dos grupos pró-governo . " Nós abordamos alguns de suas atividades aqui, aqui e aqui. Na semana passada, o presidente José Eduardo dos Santos realizou um fórum com 3.000 jovens , ninguém no MR recebeu um convite. Não é surpreendente , talvez , já que o presidente , na primeira entrevista para a televisão (ainda que pré-gravado) concedido em 22 anos (não é , aliás, a uma estação de televisão angolana ou jornalista , mas para uma estação privada Português - SIC- com bajulação jornalista Henrique Cymerman ) , descreveu esses jovens como " frustrado " e " falhas na escola " , quando questionado sobre o movimento que surgiu em março de 2011.

Estranho , então, que o que o presidente considere um grupo tão medíocre de desajustados sociais mereceria uma resposta tão descomunal . Vez por outra , eles e os seus apoiantes foram sujeitas a espancamentos , torturas , desaparecimentos, prisões e infiltração . No dia 19, o Estado enviou os kaenches ( musculoso , privadas, forças à paisana ) e da polícia nacional uniformizado regular. Elias Isaac , diretor da Open Society em Angola, no início deste mês apontou para um aumento preocupante da violência policial contra os cidadãos . Referindo-se à violência contra prisioneiros na prisão de Viana afirmou que "é uma demonstração de que nós temos um sistema de polícia e de governança que acredita na repressão , violência , tortura e da punição física das pessoas , o que é uma aberração em um Estado democrático e um Estado de direitos. "

Nosso próprio Claudio Silva descreveu a cena quinta-feira em sua página no Facebook como uma " comédia " - milhares de policiais armados para proteger o presidente contra cerca de cinquenta e tantos , se mesmo que " frustrados " os jovens . Com toda a polícia de golpes de sabre antes do evento , a Anistia Internacional soou seus alarmes . Precisamente o tipo de atenção internacional, o MR ama e detesta o PR , especialmente Angola vies para um lugar no Conselho de Segurança da ONU. Para não falar da ironia de seus membros no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Rafael Marques disse à Rádio Despertar ( entre 7,10-14,45 ) que o estado é o melhor promotor do MR .

Reginaldo Silva , jornalista Luanda base e comentarista político , em um post FB no dia da manif , refletiu que " com todo esse aparato político , é mais fácil e mais fácil de criar fatos políticos em Angola com um impacto mundial , sem um grande investimento . " E uma vez que a poeira baixar , alguns" comunicólogo " vai aparecer para nos dar lições sobre" O non-events/non-facts "( um pouco rumsfeldiano , não é? ) .

Se o impacto mundial era o objetivo, sexta-feira que bateu o jackpot. Três jornalistas foram ao tribunal para assistir a acusação dos 23 ativistas presos antes de o protesto teve início . Rafael Marques de Morais, de makangola , Coque Mukuta (VOA ) , e Alexandre Neto Solombe (VOA , vice-presidente da Comissão Nacional do Sindicato dos Jornalistas de Angola , eo presidente do Instituto de Comunicação Social da África do Sul- Angola) começou a entrevistar os ativistas como eles foram liberados da corte. A Polícia de Intervenção Rápida - fortemente armados , contando com mais de 50 - cercado e detido eles, apesar de os papéis de liberação emitido pelo juiz para os ativistas e ao fato de que os jornalistas não tinha feito nada , exceto seu trabalho. Eles foram levados para a sede da PIR e espancado enquanto ainda nos caminhões da polícia. Solombe relatou seu calvário a VOA :

Eles nos fizeram deitar-se e andaram em cima de nós com as suas botas ... sobre as nossas cabeças ... cada um deles, pelo menos 100 kilos ... Quando recebemos nossos telefones e câmeras para trás, percebemos que o estado em que estavam - alguns com as lentes arrancada .... Estamos muito zangado. Muito irritado ... Esta é a primeira vez que eu viajei em unidades de carros celulares PIR . Esta é a primeira vez que eu experimentei esse nível de violência contra os cidadãos . Então, não me diga que a polícia está tratando bem as pessoas .
O PIR , em seguida, transferiu-os para a sede da Polícia Provincial , onde , depois de cerca de uma hora , eles foram liberados após um pedido de desculpas. Os jornalistas ficou para apresentar uma queixa contra a polícia por danos e destruição de propriedade pessoal e profissional.

Até agora , além do Comitê para a Proteção dos Jornalistas , a maior onda de notícias foi na imprensa Português , onde até mesmo o papel do futebol, A Bola , informou sobre a detenção de Marques. Levando -se ao protesto , no início da semana , na Alemanha , o Partido Verde questionou o governo do primeiro-ministro , Angela Merkel, sobre sua relação com o governo angolano .

Sousa Jamba , um escritor e jornalista angolano , que vive na Flórida, recebeu 37 telefonemas e 230 mensagens perguntando sobre Rafael Marques. Ele postou que ele foi assistir a um debate acalorado entre os angolanos acontecer no FB . Um angolano disse que o mundo só está prestando atenção porque Marques é um intelectual que escreve livros e estudou em Oxford enquanto zungueiras analfabetos ( vendedores ambulantes ) são apanhados e espancados todos os dias pela polícia e ninguém diz o comentário de Central Angola ' boo '. : " O que é surpreendente sobre isso? Não tenha sido sempre assim em todos os lugares e não vai continuar a ser? Somente quando a prática comum atinge pessoas com a visibilidade que o mundo se levantar. É um desperdício de tempo para culpar o mundo por não prestar atenção a nós quando não são capazes de emitir mais de uma opinião com raiva do sofá ! "Esta réplica foi a mais gostei .

Comentaristas sugerem que a presença da polícia na rua continuarão altos enquanto o Campeonato Mundial de hóquei em patins , que começou esta semana, continua. O governo angolano gasta 89 milhões dólares em novos pavilhões : "As autoridades dizem que o evento de 16 países vão impulsionar o emprego e atrair o interesse da juventude do país. " Os manifestantes e simpatizantes os deles discordam. Entre eles, o MCK que postou esta auto- crítica ( que teria feito o velho MPLA orgulhoso ) em sua página no FB . Cheiro como o Brasil ?

*Marissa Moorman é jornalista e seu texto foi primeiro publicado em http://africasacountry.com/smells-like-brazil/

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