Elisio Macamo

PB

Moçambique está a ficar cada vez mais interessante. O jornal Notícias, por exemplo, mudou de visual. Os de vista fraca vão agradecer o novo estilo gráfico. Os que precisam de estímulos externos para porem a sua máquina intelectual a funcionar vão ficar gratos pelas cores. Mas não é só isso que torna o país cada vez mais interessante. A Frelimo, ao que parece, já não lava roupa suja às escondidas.

Vivem-se momentos interessantes em Moçambique. Muita discussão, muita tensão, muita acção, muita celeúma. São razões mais do que suficientes para me pôr a reflectir sobre algumas coisas. Estou a pensar, em particular, numa distinção feita ainda no Século XVIII pelo grande filósofo escocês, David Hume. No seu “Tratado sobre a condição humana” Hume legou à posteridade a famosa “guilhotina de Hume”, um princípio extraído da sua perspectiva empiricista segundo o qual não é possível derivar um “de...read more

Paul Fauvet, da AIM, publicou recentemente um artigo no qual expõe o que ele chama de campanha de difamação do Tribunal Supremo pelo jornal Zambeze. Segundo ele, o jornal Zambeze tem vindo a publicar artigos nos quais acusa o Tribunal Supremo de estar sob controlo político e tráfico de influências citando, para o efeito, dois casos – nomeadamente de um estrangeiro e de um suposto traficante da droga – sobre os quais o Tribunal, em defesa da legalidade, decidiu contra a acusação instruída pelo...read more

O professor universitário na Alemanha, o moçambicano Elísio Macamo*, aceitou dar entrevista** ao blog bantulândia, para discutir sobre direitos humanos em Moçambique, desde os tempos da criação da FRELIMO até aos dias de hoje. Ei-lo na primeira pessoa: “a discussão sobre direitos humanos parece-me abstracta demais para ser de alguma utilidade no nosso contexto. Torna-se numa posição ética que dificulta o debate político. O país precisa de política, o que pressupõe debate de ideias, e não de c...read more

"Normalmente, a saída encontra-se onde estava a entrada”, diz Stanislav Jerzy Lec, meu companheiro na tentativa de tornar intelegível o político em Moçambique. Alguns destes aforismos não encaixam lá muito bem, mas já é tarde para mudar da forma de bater, como se diz em xangan. Comecei assim, vou terminar assim mesmo. Xangan conservador, mas moçambicano moderno. Também não encaixa, mas pouco importa. Vamos, então, ao que interessa. Neste semestre vou dar a cadeira de sociologia urbana com enf...read more