Não há registo de casos do vírus Zika em Moçambique

Segundo o instituto Nacional de Saúde (INS) o risco do vírus aparecer em Moçambique é baixo.

O Ministério da Saúde moçambicano garantiu nesta terça-feira(02) que ainda não foram registados casos do vírus Zika, transmitido pelos mosquitos Tigre Asiático ('Aedes albopictus') e Dengue ('Aedes aegypti'), suspeito de provocar malformações congénitas, considerando que já existe um plano de prevenção.

"Nós não temos registos de pessoas com Zika, bem como da circulação do vírus", disse a directora-adjunta da Saúde em Moçambique, Maria Benigna Matsinhe, falando durante uma conferência de imprensa em Maputo, em que anunciou que o país já tem um plano de prevenção.

"Nós continuamos a fazer a vigilância de febres de origem desconhecida", referiu a directora-adjunta da Saúde, salientando que as autoridades de saúde, entre os próximos dias 15 e 19, farão um mapeamento do mosquito 'Aedes aegypti', no quadro das ações de controlo e prevenção da doença.

Ainda no quadro do plano de prevenção, prosseguiu Maria Benigna Matsinhe, um grupo de médicos moçambicanos vai beneficiar nos próximos tempos de uma formação ministrada por especialistas norte-americanos. "Estamos a prever também identificar os passageiros que vêm do Brasil e não só, porque afinal não é apenas no Brasil onde há este vírus, para as explicar que, caso sintam os sintomas, se dirijam à unidade sanitária", acrescentou.

O vírus Zika é transmitido pelos mosquitos 'Aedes albopictus' e 'Aedes aegypti', que também são responsáveis pela transmissão do Dengue, febre-amarela e Chikungunya, e manifesta-se com sintomas semelhantes à gripe: febre, dor de cabeça e dores musculares, com erupções cutâneas.

O Comité de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu, na segunda-feira, que os casos de microcefalia e de desordens neurológicas surgidas no Brasil constituem uma emergência de alcance internacional, mas não o vírus Zika, por não ter sido comprovada relação entre ambos.

O vírus Zika retira o seu nome de uma floresta no Uganda, onde foi sinalizado pela primeira vez em 1947. A OMS confirmou que, até então, foram detectados casos do vírus em 25 países e territórios das Américas.