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JN

O BANCO Africano de Desenvolvimento (BAD) acaba de aprovar um empréstimo a longo prazo no valor de trezentos milhões de dólares para financiar parte do custo do projecto ferroviário e do Porto de Nacala em Moçambique, que Malawi é beneficiário.

Os recursos serão destinados a quatro entidades de Moçambique e Malawi, devendo o nosso país receber maior parte deste financiamento.

Dados divulgados em Lilongwe indicam que o Malawi vai receber apenas oitenta e três milhões e seiscentos mil dólares.

O projecto ferroviário e do Porto de Nacala integram a construção e reabilitação de partes da ferrovia de 912 quilómetros que passam por Moçambique e Malawi e a construção de um novo terminal de carvão em Nacala-à-Velha.

Malawi depende em grande medida dos seus vizinhos para o acesso aos portos e aos mercados internacionais.

O representante do BAD no Malawi, Andrew Mwaba, disse que o projecto é de extrema importância para impulsionar o crescimento económico, a integração de Moçambique e Malawi e outros países na região.

“Isso vai facilitar a adição de valor ao longo do Corredor de Nacala e contribuir também para reduzir a falta de infra-estrutura de transporte”, frisou Andrew Mwaba, citado pela Rádio Moçambique.

Mwaba salientou que o projecto contribuirá para o desenvolvimento do sector privado nos dois países e dinamizar o ambiente propício para apoiar o crescimento inclusivo ao longo do Corredor de Nacala.

Para este efeito, Mwaba disse que o BAD vai desenvolver um programa de articulação empresarial das pequenas e médias empresas (PME’s) ao longo do Corredor de Nacala.

“Isso servirá como projecto-piloto para a realização de negócios e adição de valor das PME’s em Moçambique e Malawi”, acrescentou o representante do BAD.

Em Abril do ano passado os governos de Malawi, Moçambique e Zâmbia lançaram a quarta fase do projecto do Corredor de Nacala, que inclui a construção de dois postos fronteiriços de paragem única entre Malawi e Moçambique, em Chiponde, e entre Malawi e Zâmbia, em Mchinji.