Angolagate: Tese da instrumentalização esbarra no silêncio

A tese da "instrumentalização" do processo Angolagate, com que a defesa pretendia minar os alicerces da acusação, esbarrou nas últimas sessões no silêncio do ex-chefe da secreta e na "resistência" do juiz-instrutor perante o tribunal de Paris. O nome do juiz-instrutor Pierre Courroye surge mais de uma dezena de vezes nos recentemente apreendidos diários do ex-chefe da secreta francesa Yves Bertrand, o que a defesa de Pierre Falcone, Arkady Gaydamak e restantes acusados de tráfico de armas para Angola afirma demonstrar que o processo foi "instrumentalizado" para atingir alguns políticos franceses, nomeadamente Charles Pasqua.