Na passada sexta-feira, o secretário-geral adjunto da ONU, o guineense Carlos Lopes, falou pouco mais de meia hora no II Fórum Nacional de Transformação e provocou um sismo cujas ondas de choque ainda hoje se sentem em Cabo Verde. Apontou as três questões que considera fracturantes para o arquipélago: uma democracia polarizada e lenta a tomar decisões, um excesso de tradição jurídica e os perigos da descentralização desmedida. Desconstruiu os pólos de desenvolvimento: cluster do mar a competi...read more
Na passada sexta-feira, o secretário-geral adjunto da ONU, o guineense Carlos Lopes, falou pouco mais de meia hora no II Fórum Nacional de Transformação e provocou um sismo cujas ondas de choque ainda hoje se sentem em Cabo Verde. Apontou as três questões que considera fracturantes para o arquipélago: uma democracia polarizada e lenta a tomar decisões, um excesso de tradição jurídica e os perigos da descentralização desmedida. Desconstruiu os pólos de desenvolvimento: cluster do mar a competir com grandes investimentos na costa africana, hub aéreo com oportunidades perdidas, praça financeira dependente dos bancos portugueses “e preguiçosos” porque preferem a segurança do investimento em títulos do tesouro à capitalização do sector privado.