A sessão foi adiada para a próxima segunda-feira, 21 de Março, em Luanda.
O Tribunal Provincial de Luanda adiou, a 14 de Março, a pedido da defesa, a sessão de alegações finais do julgamento dos 17 jovens activistas acusados de tentativa de rebelião e atentado contra o Presidente da República.
A sessão, iniciada com uma hora de atraso, registou logo ao princípio um acirrado debate entre o advogado de defesa David Mendes e o juiz do caso, Januário Domingos, por o causídico se ter sentado no lugar da defesa, estando constituído declarante no processo.
O nome de David Mendes consta da lista de um suposto governo de salvação nacional como presidente do Tribunal de Contas, uma das provas do referido julgamento. O advogado Albano Pedro, que não é arguido no processo, assumiu em tribunal ser o autor da lista
Por isso, o tribunal impediu David Mendes de fazer as alegações finais. Para substitui-lo, o advogado indicou o seu colega Nzola Bambi.
Segundo Nzola Bambi, "após profunda reflexão", a defesa decidiu requerer o adiamento, face à sua ausência por dois meses do julgamento, em missão de serviço.
"Sendo as alegações parte importante para a defesa dos réus, para que não se faça a mesma de forma improvisada, sem a preparação necessária vimos requer o adiamento para que em condições e de forma condigna se possa realizar", solicitou Nzola Bambi.
Sobre o requerimento, quer o Ministério Público quer o tribunal consideraram-no uma manobra dilatória.
A sessão foi adiada para a próxima segunda-feira, às 10:00.
À saída do tribunal, David Mendes disse à imprensa que o que o tribunal pretendia, não conseguiu, ou seja, a sua transformação do advogado em declarante.
"Terminou a produção da prova, era a altura das alegações e como sabiam qual seria a minha provável linha das alegações o juiz entendeu que eu não deveria ser o advogado a apresentar as alegações, por essas razões o nosso escritório preferiu adiar o julgamento, para que a pessoa que vir defender se prepare melhor", disse David Mendes.
O advogado reiterou que não vai responder ao tribunal, a menos que seja levado sob custódia, preferindo ser julgado do que comparecer voluntariamente.
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