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A terceira sessão do Comité Central começou electrizante e mostra fracturas indisfarçáveis entre os membros influentes da Frelimo. Graça Machel pôs a sala em suspense, quando fez pressão para que os membros fundadores e antigos dirigentes da Frelimo participassem das decisões mais importantes.
A agenda do Comité Central previa reuniões restritas entre os membros deste órgão, nas quais seriam apresentados vários relatórios da Comissão Política, do Secretariado do Comité Central, do Comité de Verificação do Comité Central (...) e seria eleito o candidato do partido. Em outras palavras, as principais decisões e o espaço de crítica interna do modelo de gestão do partido estariam bloqueados a apenas os 187 membros do Comité Central. A reacção de Graça Machel foi de quem interpretou a linha de fundo da agenda como o isolamento de alguns sectores do partido. “Proponho, e gostaria de ter apoio dos membros do Comité Central, para que os membros fundadores e os antigos dirigentes, nomeadamente os antigos membros do Bureau Político e do Secretariado do Comité Central, fossem, excepcionalmente, autorizados a participar naquilo que se apresenta como temas a debater em sessão restrita”, atirou.O presidente do partido, Armando Guebuza, logo respondeu: “a decisão foi do Comité Central”. E acrescentou: “achando que as nossas reuniões eram alargadas, alguns membros entendem que deve haver um momento em que pudessem fazer as reuniões sozinhos”.