A mais esperada sessão do Comité Central dos últimos 10 anos arrancou na tarde de ontem, na cidade da Matola, perante membros da Frelimo e convidados. É nesta sessão ordinária, a terceira, que 200 membros do Comité Central vão escolher, amanhã, o candidato do partido a Presidente da República, para as eleições de 15 de Outubro. O presidente da Frelimo define o momento como histórico e decisivo, pois não se trata apenas da sucessão, mas também da transição geracional. Para Armando Guebuza, o desafio é seleccionar, entre os melhores, aquele que oferece garantias efectivas de encarnar o espírito dos fundandores da Frelimo. Seis nomes já perfilam na lista dos concorrentes: Alberto Vaquina, José Pacheco, Filipe Nyusi, Luísa Diogo, Aires Ali e Eduardo Mulémbwè. Os três últimos entraram na corrida pela mão dos Combatentes, que exigiram à direcção do partido a aceitação de mais candidaturas. “Os pré-candidatos estarão alargados, mas ainda estamos a analisar as propostas das candidaturas. Elas também serão incluídas neste grupo”, disse Guebuza, assegurando que a eleição será feita no espírito e na letra dos estatutos. Aliás, a abertura da direcção do partido ao equilíbrio de forças é também uma obrigação estatutária que reflecte a natureza do partido: “A Frelimo nasceu da conjugação de várias vontades, vontades essas que são alinhavadas por um diálogo profícuo, franco e aberto, um diálogo gerador de consensos e que nos leva a priorizar o nosso empenho naquilo que é o essencial para a realização do nosso projecto político firmado a 25 de Junho de 1962”.
- Log in to post comments
- 554 reads